sábado, 13 de fevereiro de 2010

Impaciente e imprevisível


Combinavam. De um jeito estranho, mas combinavam.
Ela odiava a idéia de comemorar o ano novo. Ficava de cara feia logo no primeiro dia. Sentia ciúmes de qualquer um. Ciúmes que ardia no peito. Ele, para ela, tinha o sorriso mais aconchegante e a voz mais agradável do mundo. Mesmo com seus mini-defeitos, ela fez com que o moço que via todo dia no metrô, virasse o seu único namoro de longa data.
Bem que dizem que existem três tipos de amor. Um deles é o amor, simples, acaba em dois meses. Outro, é o grande amor o que dura ao menos dois anos. E por último e não menos importante, o grande amor... Esse muda a sua vida. Ela o considerava sim o grande amor de sua vida. Dizia que seu maior erro era não tê-lo conhecido antes.
Ele já havia dito que tudo o que via, lembrava dela. Se ele viajava e os dois queriam ver o mesmo filme. Ela o esperava. Esperava até ele voltar, para assistir com ele. De qualquer lugar do mundo, ele mandava um cartão postal. E como havia prometido, sempre escrevia que nunca a abandonaria. Nunca deixaria de abraçá-la quando precisasse. Nunca deixaria de amá-la. E foi exatamente assim. Funcionou.